Francisco
de Borja ao cumprir 16 anos, foi enviado como pajem à Corte de Carlos V, jovem
rei da Espanha e Imperador do Sacro Império. A Imperatriz Isabel, filha do Rei
de Portugal e esposa de Carlos V o distinguiu, sendo dos poucos a ter entrada
livre na câmara real e vivendo em faustosa Corte.
Certo
dia Francisco recebe a notícia que a morte viera bater às portas, ceifando a preciosa vida da imperatriz Isabel no auge
do poder e de sua extraordinária beleza. Só cabia sepultá-la junto a seus avós
Fernando e Isabel, os Reis Católicos. Partiu, pois, para Granada um faustoso
séquito conduzindo seus restos mortais.
O longo
trajeto propiciou ao jovem marquês graves e profundas meditações sobre o fim
último do homem.E como promete o Eclesiástico: “Pensa nos teus novíssimos e não
pecarás eternamente” (Eclo 7, 40), o acontecido fez evanescer a seus olhos as
esperanças até então depositadas nas honras e dignidades deste mundo, uma vez
que à sua senhora de nada serviram quando Deus a chamou para junto de Si.
Silencioso
e reflexivo, avançava na frente do cortejo que cruzou quase metade do país,
chegando a Granada onde teve que
reconhecer que aquele corpo já estava em adiantado estado de corrupção, constatando
novamente, de maneira pungente, a fragilidade das glórias deste mundo. Foi
então que afirmou: “Nunca mais servirei um senhor que possa vir a morrer!”
A
encenação dessa história de São Francisco de Borja, com devidas adaptações, introduziu o tema do Curso de Férias do setor feminino dos Arautos do Evangelho: Os novíssimos do homem – morte, juízo, inferno e paraíso.
As
exposições e as peças teatrais foram baseadas e adaptadas dos relatos dos sonhos de São
João Bosco a seus meninos do Oratório, mostrando a importância de termos os olhos postos na eternidade e sempre presente a máxima da Escritura:
“Em todas as tuas obras, medita nos teus novíssimos e não pecarás eternamente”
(Ecl 7, 40)