sábado, 28 de junho de 2014

Um Sacramento que vale mais do que todo o universo criado

São Tomás afirma que uma gota de graça vale mais do que a criação de todo o universo e o que é a Eucaristia? É o Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo. Não é uma gota de graça, é o Autor da graça. E, portanto, é algo que vale mais do que toda a ordem da criação, inclusive a ordem da graça. Juntemos todas as graças que os Anjos recebem, todas as graças que receberam, todas as graças que a Humanidade recebe, receberá e recebeu, todas as graças que existem em Nossa Senhora: não dão, nem de longe, o que está numa partícula consagrada.
Não há palavras humanas para definir bem a grandeza que está contida no Santíssimo Sacramento.
Aproximando-nos do Santíssimo Sacramento, temos todas as nossas misérias “lavadas” – faltas veniais evidentemente, porque com falta mortal não se recebe jamais a Eucaristia – e a alma sai aperfeiçoada. Nós não vemos almas e, portanto, nós não podemos contemplar essas belezas. Mas é Nosso Senhor que aparecendo a Santa Catarina de Sena disse-lhe: “Minha filha, se vísseis uma alma na graça, teríeis a inclinação de adorá-la julgando que fosse divina”.

A festa de Corpus Christi foi comemorada com todo fervor na casa do setor feminino dos Arautos do Evangelho em Joinville. Todos puderam participar da Eucaristia e da procissão solene com o Santíssimo Sacramento.

terça-feira, 24 de junho de 2014

Alguma novidade?

As novidades de hoje têm um defeito que as de antigamente não tinham. Ficam velhas e sem graça muito rapidamente. Bastam algumas horas. Então, é preciso contar, ou inventar, outras novidades mais sensacionais que as anteriores, até que a pessoa diga para si própria: “Chega!!” E farta de tanta notícia, feche mal-humorada o jornal, ou desligue a televisão.
Não haverá boas novidades para contar?
A Igreja tem sempre riquezas novas para oferecer a seus filhos. Manifestam-se de forma viva em seus novos carismas, na arte e na cultura que Ela continuamente inspira, e em tantas coisas mais.
Faça um passeio por algumas novidades que os Arautos do Evangelho oferecem aos que participam de suas atividades aos fins de semana.
Aula de culinária












Como confeccionar um terço

























Curso de filosofia

domingo, 22 de junho de 2014

O poder de uma Ave Maria

Era uma manhã ensolarada. As montanhas do Tirol mostravam-se especialmente bonitas naquele dia de primavera. A neve já estava quase toda derretida, mas os cumes ainda brancos cintilavam sob os raios do Sol.
Padre Hans havia terminado de celebrar sua Missa matutina e se preparava para a catequese das crianças. Selecionava a matéria, consultava livros e escolhia alguns santinhos para premiar as crianças mais aplicadas, parte que mais agradava a todas elas na classe.
Encontrou uma linda gravura de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro e a separou para quem soubesse responder à pergunta mais difícil. Nesse momento entrou o sacristão, dizendo aflito:
— Padre Hans... Acaba de chegar a filha da Sra. Binzer, com a notícia de que sua mãe está muito mal, quiçá em seus últimos momentos, e pede que o senhor lhe leve o Viático. Mas não posso acompanhá-lo, pois hoje é o dia de folga do secretário paroquial, e alguém precisa cuidar da igreja.
— Não se preocupe, Rolf, já estive várias vezes na casa da Sra. Binzer e conheço bem todos os atalhos. Saindo imediatamente, conseguirei regressar a tempo ao meio-dia, se Deus quiser.
Sem demora, o bom pároco tomou os Santos Óleos e a teca com o Santíssimo, montou a cavalo e partiu, muito recolhido. Ia adorando Jesus Sacramentado, que levava pendente em seu pescoço, envolto numa bolsa de seda bordada com as iniciais JHS: Jesus Hóstia Santa.
O caminho estava belíssimo! As flores já haviam desabrochado, o regato corria suave, fazendo cantar suas águas cristalinas, e as árvores, outra vez recobertas de folhas, davam ao ar da primavera um frescor muito agradável. Os passarinhos cantavam e as borboletas pareciam bailar diante do cavalo, convidando o sacerdote a um passeio através dos pinheirais perfumados.
Padre Hans observou um pouco a beleza da paisagem, glorificando a Deus por tais dons concedidos ao homem, mas concentrava toda a sua atenção no Criador dessas maravilhas, o qual ele levava apertado ao peito. Assim recolhido, continuava o seu caminho, em atitude de adoração. Apenas pensou:
— Faz tempo que não desfruto um pouco do ar fresco desse bosque. Na volta vou aproveitar um pouquinho, e creio que não atrasarei o retorno...
Chegando à casa da Sra. Binzer, encontrou-a mesmo muito mal. Era uma camponesa piedosa, que sempre participara das atividades paroquiais, mas a idade e a enfermidade lhe haviam consumido todas as forças, e agora ela preparava sua alma para apresentar-se diante de Deus. Toda a família estava reunida ao redor de sua cama. Alguns choravam, e uma das filhas puxava os Mistérios Dolorosos do Rosário.
Padre Hans ministrou-lhe a Unção dos Enfermos, que ela recebeu com toda consciência e piedade. Mas ao dar-lhe a Comunhão, notou que, por um equívoco, havia levado duas partículas. Não era costume na época consumir duas hóstias ao mesmo tempo, e, ademais, a pobre senhora já quase não conseguia engolir. Isso contrariou um pouco o sacerdote, porque precisaria levar de volta à igreja o Santíssimo Sacramento; portanto, deveria regressar recolhido, em oração, sem poder desfrutar da primavera no bosque.
Depois de dizer à família umas breves palavras de reconforto e esperança, montou sua cavalgadura e retornava rezando.
Quando se aproximava do bosque, veio correndo a seu encontro um jovem lenhador, gritando ainda de longe:
— Um padre! Um padre! Chegando ao lado do cavalo, o moço disse:
— Senhor Vigário, meu compa companheiro de trabalho acaba de sofrer um acidente. Uma árvore caiu sobre ele. Está morrendo e o único que consegue fazer é pedir um padre. Venha logo, senhor Vigário!
Padre Hans compreendeu, então, o motivo de haver pegado duas partículas, sem dar-se conta. Não fora um equívoco! Era a Divina Providência que queria vir em auxílio daquela alma na hora suprema. O pobre rapaz confessou-se, com muito custo, e recebeu sua última Comunhão.
O sacerdote perguntou-lhe, bondosamente, se fizera algo especial para merecer uma graça tão grande. O lenhador respondeu, com a voz entrecortada:
— Ah, padre... cada vez que via passar um sacerdote levando o Viático a alguém, eu rezava uma Ave Maria, rogando à Santíssima Virgem a graça de não morrer sem confessar-me receber a Sagrada Eucaristia pela última vez. E Ela, como Mãe que nunca deixa de atender pedido algum de seus filhos, me concedeu tamanha graça. Que ao senhor também Ela ajude, quando chegar sua hora.
Em seguida, deu um profundo suspiro e entregou sua alma a Deus.

Na manhã seguinte, Padre Hans contou o belo fato às crianças do catecismo, para ensinar-lhes qual é o poder de uma Ave Maria. E premiou com o santinho de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro aquela que soube recitar de memória este belo trecho da oração de São Bernardo: “Lembrai- Vos, ó piedosíssima Virgem Maria, que nunca se ouvir dizer que algum daqueles que tenha recorrido à vossa proteção, implorado a vossa assistência e reclamado o vosso socorro, fosse por Vós desamparado”...
Ir. Flávia Cristina de Oliveira, EP  Revista Arautos do Evangelho Junho 2009

terça-feira, 17 de junho de 2014

Infância e Adolescência Missionária


Evangelizar as crianças e adolescentes para que conheçam e amem Nosso Senhor Jesus Cristo, a fim de que sejam discípulos missionários transformadores de nossas famílias, escolas e da sociedade. Este é o objetivo do projeto Infância e Adolescência Missionária na Diocese de Joinville.

Os Arautos do Evangelho cooperaram com esse projeto na Sociedade Bakhita, entidade criada pelas irmãs Canossianas no bairro Boa Vista e que colabora com a comunidade joinvilense através de atividades educacionais e assistenciais. Logo após a Eucaristia presidida pelo Pe Geraldo Kohler, SCJ, as estudantes dos Arautos fizeram uma apresentação musical acompanhada com vivo interesse pelas crianças da instituição. Depois de uma breve explicação, entregaram Medalhas Milagrosas a cada uma das crianças como estímulo à prática da religião.









Convite especial


sábado, 14 de junho de 2014

Por que comunhão diária?

Os leigos têm mais necessidade de comungar do que os que vivem em retiro, porque, continuamente no campo de batalha, precisam fortificar-se e munir-se de boas armas a fim de não sucumbir.

Assim, aos homens de negócio, aos magistrados, aos jovens, tão expostos no turbilhão do mundo, eu diria: Comungai todos os dias, e, se for possível, dez vezes por dia!

Tendes muito trabalho que fazer! Alimentai-vos bastante. Considerai a Comunhão um meio de vos sustentar, de vos fortificar, e não um ato de virtude elevado e difícil.

E visto que a Santa Comunhão não vos é proposta para recompensar virtudes, deveis comungar porque sois fracos e vos sentis sobrecarregados dos trabalhos da vida cristã. Comungai, portanto, não porque sois santos, mas para vos tornardes santos.

Jesus Cristo vos convida à Comunhão dizendo: “Vinde a Mim vós todos que estais acabrunhados de fadiga e Eu vos aliviarei!” (Mt 11, 28).


(São Pedro Julião Eymard)

quinta-feira, 5 de junho de 2014

Deus nos amou desde toda a eternidade

Para melhor avaliarmos a extensão e o valor desta caridade consideremos ser ela eterna e não circunscrita no tempo. O homem pode sentir afeto ou repulsa apenas por objetos cuja existência conhece. Com Deus, entretanto, o fenômeno dá-se de forma diversa. Ele, afirma São Tomás, “conhece todas as coisas, não apenas as que existem em ato, como também aquelas que estão em sua potência ou na potência das criaturas. [...] Seu olhar recai desde toda eternidade sobre todas as coisas, como estão em sua presença”. 1
Assim, o Criador nos amou de modo incalculável muito antes de dar-nos a existência. Considerando o mundo dos possíveis divinos, escolheu-nos a cada um em particular, tendo-nos presente em sua Redenção. Pois, acrescenta o Doutor Angélico, “embora as criaturas não tenham existido desde toda a eternidade, senão em Deus, entretanto, por terem existido em Deus desde toda a eternidade, Ele as conheceu desde toda a eternidade em suas próprias naturezas; e por isso mesmo as amou”.2
Não há nenhum indivíduo igual a outro, porque através da participação exclusiva nos atributos divinos estabelece-se um relacionamento do Criador conosco, e nosso com Ele, extraordinário, pessoal e único, que é a melhor das preparações para a eterna bem-aventurança. Porque Deus não nos ama apenas segundo o bem posto por Ele em nossa natureza humana ao nos criar, mas de acordo com o estado de perfeição que teremos na Visão Beatífica — se até lá chegarmos —, purificados pelo Preciosíssimo Sangue da Redenção.
Em síntese, para o Sagrado Coração de Jesus cada um de nós é filho, e filho único, amado de forma inimaginável desde muito antes de nascer!
2 SÃO TOMÁS DE AQUINO. Suma Teológica. I, q.14, a.13.

3 Idem, ibidem, I, q.20, a.2, ad.2.

Extraído da Revista Arautos do Evangelho n.126. jun 2012. Mons. João Clá Dias. Comentários a Solenidade do Sagrado Coração