quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Como surgiu o panetoni?

Pão do Toni ou Panetoni como surgiu?
A resposta encontra-se abaixo na peça teatral encenada no centro juvenil do setor feminino dos Arautos do Evangelho em Joinville.




Personagens:
T- Toni:
C-Cozinheira-mor:
C2- Cozinheira 2:
D- Duquesa:
F1-Figurante da corte 1:
F2-Figurante da corte 2:


Era noite de Natal, em Milão, começavam os preparativos para a Ceia de Natal. Uma das mais requintadas cortes da época era a da duquesa Gioconda Sforza. Sobretudo sua cozinha - de suas chaminés exalavam perfumes tão maravilhosos que estimulavam o apetite de toda vizinhança - era muito renomada.
(Entram as cozinheiras e o Toni)
C- Oggi é noite de Natale é preciso que preparemos os nossos mais deliciosos pratos com o maior esmero pois este ano, a Duquesa convidou não só as nobres da corte, como também algumas das cortes vizinhas...
C2- Isso mesmo! Tutto lo esforço é pouco. Ma o que a signora estava pretendendo fazer de sobremesa neste ano?
C- Neste ano... (abre um pergaminho) Consegui a receita de um fabuloso doce que os venezianos trouxeram do longínquo Oriente.
C2- Então vamos começar agora mesmo. 
Começaram, então, a elaborar os inúmeros pratos do banquete. Todos estavam tomados pela característica alegria do Natal italiano. Todos não... isolado num canto, um jovem ajudante, recém-chegado da Lombardia, suspirava de saudades pela casa paterna, recordando-se das festas natalinas nos lares camponeses de sua região.
Repleto de saudades, resolve preparar um pão especial, igual ao que sua mãe preparava para a Ceia de Natal. Porém, não possuindo todos os ingredientes necessários teve de se contentar com as sobras que a cozinheira-mor havia deixado ao
ao terminar sua fabulosa sobremesa. 
Qual seria o resultado? Nem ele mesmo o sabia...
Chegou a grande hora! Uma vez iniciada a ceia de Natal, intensificou-se as atividades na cozinha. A cozinheira mestra muito atarefada esqueceu no forno o seu belo e misterioso doce... e qual foi sua surpresa em constatar que ele estava queimado. Vendo-se em tão complicada situação começa a derramar algumas lágrimas...
C- Madonna mia! E agora o que vou fazer... Já está na hora de servir a sobremesa... Vou passar pela pior humilhação da minha vida...
Tomado de compaixão, o jovem Toni teve uma idéia que talvez pudesse solucionar aquele drama.
T- Senhora, talvez esses bolos que fiz possam servir para alguma coisa.
A cozinheira notou a elegância de sua forma e seu delicioso perfume. Não restava outra saída senão correr o risco. Ela mesma cortou em fatias, e dispôs de forma artística em uma bandeja de prata.
(A cozinheira 2 leva o bolo para a mesa)
Surpreenderam-se a duquesa e seus convivas ao verem aquele exótico bolo enfeitado.
D- Que maravilha é esta que estás nos trazendo?!
F1- Nunca vi um bolo com uma aparência tão estupenda!!!
(Começam a comer)
F2- Principalmente seu sabor… é extraordinário, nem os mais deliciosos doces franceses podem superar esta iguaria.
D- Por favor, mande chamar quem fez esta fabulosa sobremesa.
Para a surpresa de todos, não apareceu a afamada mestra mas sim um tímido ajudante de cozinha.
D- Qual é o teu nome?
T- Eu me chamo Toni...
D- Ora então este é o Pane Toni!
Deste modo, a duquesa Gioconda Sforza batizou aquele curioso pão doce de Toni, seu criador.
D- Má Toni, você tem que fazer muitos outros bolos iguais a esses para o próximo Natal.
T- Senhora, o seu desejo é uma ordem no ano que vem começarei a prepará-los com muita antecedência.
D- Agora, mio Toni distribuamos este Pane Toni para todos os presentes.

E assim nasceu o Pane Toni ou panetoni, obra do acaso, assim como tantas outras maravilhas da arte culinária. Em pouco tempo, o “pão do Toni” conquistou os lares italianos e se espalhou pelo mundo inteiro a ponto de ficar indissociavelmente ligado às festas natalinas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe aqui seu comentário