Pão
do Toni ou Panetoni como surgiu?
A
resposta encontra-se abaixo na peça teatral encenada no centro juvenil do setor
feminino dos Arautos do Evangelho em Joinville.
Personagens:
T-
Toni:
C-Cozinheira-mor:
C2-
Cozinheira 2:
D-
Duquesa:
F1-Figurante
da corte 1:
F2-Figurante
da corte 2:
Era noite de Natal, em Milão, começavam os preparativos para a
Ceia de Natal. Uma das mais requintadas cortes da época era a da duquesa Gioconda
Sforza. Sobretudo sua cozinha - de suas chaminés exalavam perfumes tão
maravilhosos que estimulavam o apetite de toda vizinhança - era muito renomada.
(Entram as cozinheiras e o Toni)
C-
Oggi é noite de Natale é preciso que preparemos os nossos mais deliciosos
pratos com o maior esmero pois este ano, a Duquesa convidou não só as nobres da
corte, como também algumas das cortes vizinhas...
C2-
Isso mesmo! Tutto lo esforço é pouco. Ma o que a signora estava pretendendo
fazer de sobremesa neste ano?
C-
Neste ano... (abre um pergaminho) Consegui a receita de um fabuloso doce que os
venezianos trouxeram do longínquo Oriente.
C2-
Então vamos começar agora mesmo.
Começaram, então, a elaborar os inúmeros pratos do banquete.
Todos estavam tomados pela característica alegria do Natal italiano. Todos
não... isolado num canto, um jovem ajudante, recém-chegado da Lombardia,
suspirava de saudades pela casa paterna, recordando-se das festas natalinas nos
lares camponeses de sua região.
Repleto de saudades, resolve preparar um pão especial, igual ao
que sua mãe preparava para a Ceia de Natal. Porém, não possuindo todos os
ingredientes necessários teve de se contentar com as sobras que a
cozinheira-mor havia deixado ao
ao terminar sua fabulosa
sobremesa.
Qual seria o resultado? Nem ele mesmo o sabia...
Chegou a grande hora! Uma vez iniciada a ceia de Natal,
intensificou-se as atividades na cozinha. A cozinheira mestra muito atarefada esqueceu
no forno o seu belo e misterioso doce... e qual foi sua surpresa em constatar que
ele estava queimado. Vendo-se em tão complicada situação começa a derramar
algumas lágrimas...
C-
Madonna mia! E agora o que vou fazer... Já está na hora de servir a
sobremesa... Vou passar pela pior humilhação da minha vida...
Tomado de compaixão, o jovem Toni teve uma idéia que talvez
pudesse solucionar aquele drama.
T-
Senhora, talvez esses bolos que fiz possam servir para alguma coisa.
A cozinheira notou a elegância de sua forma e seu delicioso
perfume. Não restava outra saída senão correr o risco. Ela mesma cortou em
fatias, e dispôs de forma artística em uma bandeja de prata.
(A cozinheira 2 leva o bolo para a mesa)
Surpreenderam-se a duquesa e seus convivas ao verem aquele
exótico bolo enfeitado.
D-
Que maravilha é esta que estás nos trazendo?!
F1-
Nunca vi um bolo com uma aparência tão estupenda!!!
(Começam a comer)
F2-
Principalmente seu sabor… é extraordinário, nem os mais deliciosos doces
franceses podem superar esta iguaria.
D-
Por favor, mande chamar quem fez esta fabulosa sobremesa.
Para a surpresa de todos, não apareceu a afamada mestra mas sim
um tímido ajudante de cozinha.
D-
Qual é o teu nome?
T-
Eu me chamo Toni...
D-
Ora então este é o Pane Toni!
Deste modo, a duquesa Gioconda Sforza batizou aquele curioso pão
doce de Toni, seu criador.
D-
Má Toni, você tem que fazer muitos outros bolos iguais a esses para o próximo
Natal.
T-
Senhora, o seu desejo é uma ordem no ano que vem começarei a prepará-los com
muita antecedência.
D-
Agora, mio Toni distribuamos este Pane
Toni para todos os presentes.
E assim nasceu o Pane Toni
ou panetoni, obra do acaso, assim como tantas outras maravilhas da arte
culinária. Em pouco tempo, o “pão do Toni” conquistou os lares italianos e se
espalhou pelo mundo inteiro a ponto de ficar indissociavelmente ligado às
festas natalinas.
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