Certa vez, São Francisco convidou um de
seus frades, Frei Leão, para irem pregar um sermão ao povo. Saíram do convento
em direção à cidade.
E frei Leão pensando em que ele diria
no sermão: tal coisa, tal outra. Foi elucubrando pelo caminho, andaram, andaram
pela cidade, para cá, para lá, para acolá, cruzam uma rua e depois voltam pela
outra, e cruza outra e volta pela outra.
Ele pensou:
── Puxa, mas para que igreja nós vamos?
Onde é que vai ser esse sermão?
Andaram meia hora, uns quarenta
minutos e voltam para o convento.
E Frei Leão virou-se para São Francisco
e disse:
── Frei Francisco, e o sermão?
── Está feito.
── Mas onde? Onde fizemos sermão?
── O simples fato de nós termos andado
pela rua foi o melhor dos sermões que nós podíamos ter feito.
O modo de ser e de se apresentar faz apostolado.
Ver um franciscano como São Francisco, tão pobre, tão humilde, tão recolhido,
tão suave, tão profundo, tão compenetrado de sua vocação, tão elevado, tão
sobrenatural, equivale a ouvir uma pregação.
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