Manhã fria, enevoada, tímidos raios de sol começam a iluminar o panorama, despertando a natureza. Toca o sino na Casa dos Arautos do Evangelho em Joinville. Todas se levantam e começam a preparar-se para uma viagem a São Paulo que será longa, mas todas estão entusiasmadas pois irão participar de mais um Congresso Internacional do setor feminino dos Arautos do Evangelho na casa mãe: Monte Carmelo.
O tema deste ano foi a
devoção à Nossa Senhora. Foram mostradas, através de encenações teatrais e
claríssimas exposições, os símbolos, as pré-figuras de Nossa Senhora e o papel
d’Ela ao longo da história.
Deus designou-A como
Rainha do Universo para governá-lo, dando-Lhe um poder régio sobre toda a
criação e, especialmente, sobre o pobre gênero humano decaído e pecador. E é
vontade dEle que Ela faça o que Ele não quis fazer por si, mas por meio dEla,
régio instrumento de seu amor e misericórdia.
E, também em consequência
da participação de Nossa Senhora na redenção do mundo, podemos afirmar que Ela
é nossa Mãe: sem o auxílio e o consentimento d’Ela, não teríamos nascido para o
Céu e para a vida da graça. Ela aceitou e quis o sacrifício de seu Divino Filho
por todos e cada um dos homens, até o fim dos tempos; por isso Ela é a Mãe de todos e cada um de nós.
Possuindo Ela o cetro de
Deus em suas mãos e governando a História, é a Ela que se devem voltar os
nossos olhares de súplica, a “Senhora dos Anjos, dos homens e das graças!”. É
Ela a Rainha de todos os corações ― até dos mais empedernidos ―, é Ela que
abate as nossas misérias e lhes dá aparência de beleza diante de Deus; é de sua
plenitude que a humanidade se beneficia. Exclama São Bernardo: “Tirai o sol, e o que restará no mundo
senão trevas? Tirai Maria da Igreja, que ficará senão a escuridão?”1
1 BERNARDO. Obras
Completas. Madrid: BAC, 1953. Vol. I. p. 194
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