Dom Chautard em seu livro “A alma de todo o apostolado” afirma que há três espécies de
trabalhos:
1º O trabalho quase exclusivamente físico daqueles que
exercem uma profissão manual, do lavrador, do artista, do soldado. Este
trabalho é o menos rude dos três.
2º O trabalho intelectual do sábio, do pensador, do escritor,
do professor, que empregam todos os esforços para fazer penetrar a verdade em
outras inteligências. Em si, este trabalho é muito mais penoso que o primeiro.
3º Enfim o trabalho da vida interior, da oração. Dos três é o
mais penoso quando se toma a sério.
Para se adquirir vida interior, deve-se esforçar-se por dominar
continuamente a si mesmo e a tudo aquilo que o rodeia, a fim de que todas as
suas ações redundem em glória de Deus. Sua inteligência, vontade, memória,
sensibilidade, imaginação e os sentidos devem ser controlados. Quantas vezes
nos sentimos inclinados a preferir longas horas de um trabalho fatigante a meia
hora de oração bem feita.
Para exemplificar a importância da oração bem feita, foi
encenada a seguinte história às jovens que frequentam o centro juvenil dos Arautos
do Evangelho:
Um sacerdote aconselhou três irmãs, penitentes
suas, que rezassem diária e devotamente o Rosário, durante um ano, sem faltar
nenhum dia, para tecer um formoso vestido de glória à Santíssima Virgem.
Então as três irmãs rezaram fielmente o Rosário
por um ano. Na festa da Purificação a Virgem Santíssima apareceu à irmã
mais velha, quando esta se recolheu. Ela estava vestida de belos mantos que
brilhavam. A Santíssima Mãe veio até ela e disse “Eu te saúdo, minha filha, porque
tu saudaste frequentemente e de maneira bela. Quero te agradecer pelas belas mantas
que me fizeste.”
Uma hora mais tarde, Nossa Senhora apareceu à
segunda irmã, mas desta vez vestida de verde e não resplandecia. Ela se dirigiu
a ela e lhe agradeceu pelas mantas que ela fez ao rezar o seu Rosário. Já que
esta irmã tinha podido contemplar a Nossa Senhora quando aparecera para a irmã
mais velha, muito mais bem vestida, perguntou-lhe qual a razão da mudança. A
Santíssima Mãe respondeu: “Tua irmã me fez roupas mais bonitas porque ela rezou
seu Rosário melhor que tu.”
Uma hora depois, ela apareceu à mais nova das
irmãs vestindo farrapos sujos e roídos, e disse-lhe: “Minha Filha, quero te
agradecer as roupas que me fizeste.” A menina mais nova, cheia de vergonha
disse-lhe: “Oh, minha Rainha, como pude ter vos vestido tão mal. Rogo que me
perdoes. Por favor, me dê mais tempo para que possa vos fazer belas mantas rezando melhor o Rosário.”
"Não te perturbes, minha filha. Tudo tem
concerto. Faz um firme propósito de rezar o terço com seriedade e
compenetração, rezar muito, nunca deixando as orações para noite. Assim, dessa
forma, me darás um belo vestido.
O terço é a oração que mais me agrada, reza o
terço todos os dias com piedade e devoção. Como recompensa te acompanharei em
todos os momentos de tua vida e um dia estarás bem junto de mim, no céu,
inundada de uma alegria sem fim..."
(Texto com adaptações
do livro O Segredo do Rosário de São Luís Mª Grignion de Montfort)
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