sexta-feira, 27 de maio de 2016

Presença visível dia e noite

Santa Francisca Romana, nascida em 1384 no seio de uma distinta família, era uma alma especialmente favorecida por Deus, desde a juventude. Tal obséquio da Divina Providência se tornou ainda mais notável quando, depois da morte de um de seus filhos, chamado Evangelista, passa a ter convívio diário com seu “zeloso guardador”.
Certa noite encontrava-se ela a dormir e, quase ao raiar do dia, o quarto foi inundado por uma grande claridade, em meio à qual apareceu o filho Evangelista, falecido havia quase um ano, com uma formosura incomparavelmente maior do que a manifestada nesta Terra. Ao lado de Evangelista estava também outro jovem ainda mais formoso: era o Anjo da Guarda deste.
Passados alguns instantes em que permanecera atônita com a visão, tomada de alegria, pergunta a Evangelista onde estava, o que fazia e se ainda se lembrava de sua mãe. Olhando para o Céu, ele responde: “Nossa ocupação é contemplar o abismo eterno da bondade divina, louvar e bendizer sua majestade com transportes de alegria e amor. Inteiramente absortos em Deus nessa celeste beatitude, não somente não sofremos dor, como não podemos tê-la e gozamos de uma paz que durará sempre. Não queremos, nem podemos querer senão o que sabemos ser agradável a Deus, que é nossa inteira e única beatitude. Saiba que os coros que estão acima de nós nos manifestam os segredos divinos”.Foi então que disse à sua mãe o lugar onde se encontrava no Céu: o segundo coro da primeira hierarquia, isto é, entre os Arcanjos. Acrescentou também que o outro jovem, mais formoso, estava em grau mais elevado no Céu, razão de seu maior esplendor, e que havia sido designado por Deus para a consolar em sua peregrinação terrena. Permaneceria com ela perpetuamente e, doravante, poderia ter a consolação de vê-lo dia e noite, sem cessar.

Excertos do livro “A Criação e os Anjos”, Coleção “Conheça a sua Fé”, v.III . Arautos do Evangelho

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