Santa Francisca Romana,
nascida em 1384 no seio de uma distinta família, era uma alma especialmente
favorecida por Deus, desde a juventude. Tal obséquio da Divina Providência se
tornou ainda mais notável quando, depois da morte de um de seus filhos, chamado
Evangelista, passa a ter convívio diário com seu “zeloso guardador”.
Certa noite
encontrava-se ela a dormir e, quase ao raiar do dia, o quarto foi inundado por
uma grande claridade, em meio à qual apareceu o filho Evangelista, falecido
havia quase um ano, com uma formosura incomparavelmente maior do que a
manifestada nesta Terra. Ao lado de Evangelista estava também outro jovem ainda
mais formoso: era o Anjo da Guarda deste.
Passados alguns
instantes em que permanecera atônita com a visão, tomada de alegria, pergunta a
Evangelista onde estava, o que fazia e se ainda se lembrava de sua mãe. Olhando
para o Céu, ele responde: “Nossa ocupação é contemplar o abismo eterno da
bondade divina, louvar e bendizer sua majestade com transportes de alegria e
amor. Inteiramente absortos em Deus nessa celeste beatitude, não somente não
sofremos dor, como não podemos tê-la e gozamos de uma paz que durará sempre.
Não queremos, nem podemos querer senão o que sabemos ser agradável a Deus, que
é nossa inteira e única beatitude. Saiba que os coros que estão acima de nós
nos manifestam os segredos divinos”.Foi então que disse à sua mãe o lugar
onde se encontrava no Céu: o segundo coro da primeira hierarquia, isto é, entre
os Arcanjos. Acrescentou também que o outro jovem, mais formoso, estava em grau
mais elevado no Céu, razão de seu maior esplendor, e que havia sido designado
por Deus para a consolar em sua peregrinação terrena. Permaneceria com ela
perpetuamente e, doravante, poderia ter a consolação de vê-lo dia e noite, sem
cessar.
Excertos do livro “A Criação e
os Anjos”, Coleção “Conheça a sua Fé”, v.III . Arautos do Evangelho
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